Não deixes de gozar
uma hora feliz que a vida te ofertar
porque a felicidade inteira não existe
sempre incompleta vem
para nos torturar...
São migalhas de amor,
instantes de ventura
que iluminam a vida,
esta vida tão triste,
breves raios de luz na noite
sempre escura,
fragmentos de luar!
Não hesites jamais,
em viver bem vivida,
uma hora feliz
que te ofereça a vida,
Mesmo que te pareça absurda,
proibida,
Mesmo assim
não a deixes escapar...
Pois nada encontrarás,
mais tarde,
pela vida,
que sirva de consolo
a essa hora perdida!
Maria José Aranha de Rezende, ou Zezinha Rezende, como era conhecida entre os mais chegados (Santos, 2 de outubro de 1911 — Santos, 17 de junho de 1999) foi poetisa e jornalista.
A "Poetisa das Rosas", e "Poetisa de Santos", foi uma das fundadoras da Academia Santista de Letras, junto a outros intelectuais, tendo sido a primeira mulher a ocupar uma cadeira da entidade, a de n° 25, aos 17 anos de idade, tendo tido como patrono Vicente de Carvalho, seu tio avô, o Poeta do Mar.
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